Goldman Sachs busca um papel privilegiado no ETF de Bitcoin por meio da BlackRock e Grayscale.
- Ricardo Santos
- Jan 4, 2024
- 2 min read
Updated: Mar 17, 2024
Grandes instituições financeiras dos Estados Unidos, que historicamente evitaram lidar diretamente com criptomoedas, estão agora interessadas em participar do aguardado evento dos fundos de índices de Bitcoin, após provável aprovação da Securities and Exchange Commission (SEC).
O banco de investimento Goldman Sachs, nome famoso no mundo dos investidores de Wall Street, está buscando parceria com ninguém menos que as gigantes BlackRock e a Grayscale, com o fim de desempenhar o papel crucial de intermediário autorizado na operação dos exchange-traded funds (ETF) do ativo digital mais valioso, o que virá a ser - uma vez que obtenha o sinal verde da SEC - o principal veículo de investimento em Bitcoin, possibilidade que tem provocado enormes especulações nos mercados financeiros.
Seguindo outros velhos conhecidos do setor, como JPMorgan Chase, Jane Street e Cantor Fitzgerald, que já foram recentemente anunciados como APs (participantes autorizados), para empresas buscando aprovação da SEC para oferecer ETFs de Bitcoin nos EUA, o Goldman Sachs quer um lugar no topo da lista de credenciados para oferecer esses fundos, uma função vital na indústria de ETFs.
O portal de notícias CoinDesk relatou que o Goldman Sachs manifesta interesse em assumir o papel de intermediário nas operações dos ETFs de BTC tanto da BlackRock como no da Grayscale . Com esse papel privilegiado, o banco poderia desempenhar o gerenciamento do fluxo de capital necessário para aquisição das unidades de criptomoeda.
Recentemente, a BlackRock (maior operadora em gestão de ativos) comunicou à SEC que selecionou o JPMorgan, o maior banco do mundo, e a Jane Street como seus participantes autorizados.
A Grayscale (que opera o Grayscale Bitcoin Trust de $26 bilhões), por sua vez, busca converter seu fundo de investimento em criptomoedas (Trust) em um ETF. Embora o pedido inicial tenha sido rejeitado pela SEC, uma decisão judicial forçou a reabertura da análise.
A expectativa no mercado é que cada ETF de Bitcoin tenha entre cinco a dez participantes autorizados, predominantemente grandes empresas financeiras.
O interesse do Goldman Sachs reflete a crescente atratividade das criptomoedas para instituições financeiras tradicionais. O banco, em um relatório de dezembro, reconheceu que 2023 foi um "ano de institucionalização" para essa classe de ativos.
Com os ventos aparentemente favoráveis a aprovação desses ETFs de preço à vista do Bitcoin pela SEC, a expectativa de uma consequente busca por produtos de investimentos digitais regulados, incluindo derivativos, provocou uma alta na maré dos preços dos criptoativos.
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