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Bitcoin no Alvo: Escalada Entre Israel e Irã Testa Suporte de USD 110k

  • Writer: Ricardo Santos
    Ricardo Santos
  • Jun 14
  • 3 min read

Updated: Jun 17

O avanço das tensões no Oriente Médio reacendeu a aversão global ao risco. Com o início dos ataques entre Irã e Israel, investidores migraram rapidamente para ativos considerados mais seguros, pressionando mercados de renda variável e, principalmente, o universo cripto. O Bitcoin, que já testava níveis de resistência, perdeu momentaneamente o suporte dos USD110 mil.


A questão que se impõe é: o risco geopolítico segue sendo um gatilho relevante para liquidar posições em ativos digitais, ou o mercado já precificou esse novo choque? Nesse contexto, também ganha relevância observar como o BTC se comporta frente ao ouro — o hedge clássico em tempos de estresse —, analisando a força desse suporte em comparação aos movimentos do metal durante eventos como a guerra na Ucrânia e a atual crise no Oriente Médio.


 Bitcoin Quebra Suporte e Amplia Perdas com Conflito entre Israel e Irã


O Bitcoin rompeu o suporte dos USD110 mil e aprofundou as perdas na esteira dos ataques aéreos de Israel contra o Irã, que elevaram drasticamente a percepção de risco global.


Na manhã de sexta-feira em Singapura, a maior criptomoeda do mercado chegou a cair 2,6%, enquanto ativos alternativos, como Ether, ampliaram ainda mais o movimento, recuando mais de 5%, segundo dados da Bloomberg.


O cenário reforça a sensibilidade do mercado cripto a choques geopolíticos, especialmente em contextos de escalada militar que provocam ondas de aversão ao risco nos mercados globais. O movimento também reacende o debate sobre a real natureza do Bitcoin: se atua, de fato, como reserva de valor em cenários de incerteza, ou se ainda se comporta majoritariamente como um ativo de risco, altamente correlacionado com mercados de renda variável.


Ouro e Dólar Avançam Enquanto Investidores Fogem de Ativos Digitais


Os preços do ouro dispararam nesta sexta-feira, demonstrando que investidores ainda buscam refúgio em ativos tradicionais de proteção. Foi o que os mercados viram logo após os ataques aéreos de Israel contra o Irã reacenderem temores de um conflito mais amplo no Oriente Médio.


O metal chegou a subir 1,3%, cotado a USD 3.428,10 a onça, se aproximando do recorde histórico de USD 3.500,05 registrado em abril. Na semana, o ouro acumula alta de aproximadamente 4%, impulsionado não apenas pelo estresse geopolítico, mas também por dados de inflação mais fracos nos EUA, que reforçaram as apostas em cortes de juros pelo Federal Reserve.


O Goldman Sachs reiterou sua projeção de que a forte demanda estrutural — especialmente por parte de bancos centrais — deve levar o ouro a USD 3.700 até o final de 2025 e a USD 4.000 até meados de 2026. O Bank of America também vê espaço para uma escalada do metal até USD 4.000 nos próximos 12 meses.


O movimento de aversão ao risco também sustentou o dólar no mercado global, embora parte da valorização tenha sido moderada pela percepção de alívio nas tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China, após sinais de um possível acordo entre Donald Trump e o presidente Xi Jinping sobre tarifas de importação. Esse fator gerou alguma volatilidade nos mercados cambiais internacionais.


Na B3, porém, o dólar operou na contramão, despencando diante do real. A combinação de fluxos externos, ajustes locais e a leitura de que o acordo comercial pode favorecer emergentes ajudou a fortalecer a moeda brasileira, apesar do ambiente global mais avesso ao risco.


Precedente na Ucrânia: Cripto Derreteu US$ 400 Bi em Valor de Mercado


O atual choque geopolítico no Oriente Médio acende um alerta que o mercado cripto já conhece. Em fevereiro de 2022, quando a Rússia invadiu a Ucrânia, o Bitcoin e todo o setor de ativos digitais sofreram liquidações expressivas.


Naquele período, o mercado cripto perdeu aproximadamente USD 400 bilhões em valor de mercado em questão de dias, segundo dados da CoinGecko. O BTC chegou a recuar mais de 15% no intraday, em meio à busca desenfreada dos investidores por ativos tradicionais de proteção, como ouro e dólar.


O padrão se repete: momentos de estresse geopolítico têm exposto os fundamentos do Bitcoin como ativo de proteção de curto prazo. Embora a narrativa de reserva de valor — muitas vezes comparada ao ouro digital — seja constantemente defendida por parte do mercado, os fatos mostram que o BTC ainda se comporta majoritariamente como ativo de risco em cenários de aversão aguda.


Diante de mais uma escalada militar, a pergunta que volta à mesa é inevitável: quanto tempo ainda será necessário — e quantos testes de estresse macroeconômico e geopolítico — até que o Bitcoin mostre uma resiliência mais consistente e sustentável como reserva de valor incontestável?


Disclaimer: Este conteúdo tem caráter exclusivamente informativo e não constitui recomendação de investimento. Criptoativos são investimentos de alto risco. Faça sua própria pesquisa antes de tomar qualquer decisão financeira.

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